quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Amores não tão divididos, mas sim compartlhados.

Andando por esses campos e por essas cidades , sentindo os cheiros do mato, das flores e dos ramos, me sinto agradecida por estar aqui. Amo o Brasil, onde está a maior parte da minha familia e dos meus amigos, mas amo essa terra tanto quanto.

Quando sabem que sou brasileira sempre alguem comenta, ah! que belo pais, mas ele é mais bonito que a Italia, e concordam que "as aves que aqui gorgeiam não gorgeiam como lá". Será, Gonçalves Dias que o gorgeio daqui não soe tão belo quanto o gorgeio de lá?

E as corujas que piam o dia todo, para mim é um pio de vida assim como cantavam os sabiás na minha janela todo dia. Sim, sinto falta do canto dos sabiás, da periquitada que me acordava de manhã e eu me sentia feliz só por ouvi-las. Mas sinto os sons da Italia com a mesma emoção da saudade das "minhas" maritacas.

Mas os pássaros aqui não os conheço pelo nome ainda, mas me causam a mesma satisfação e a mesma felicidade. Lá sabiá, cá corujas e outros que amo o piar e o cantar.

O Brasil com sua grande diversidade de paisagens, que o ano todo é verde e florido. E aqui, a mesma árvore se tinge de verde, depois se tinge de amarelo e depois se tinge de rosa quando afinal se desnuda para trocar a sua veste e nos surpreender a cada estação.

Bela Italia, belo Brasil, se pudessemos juntar as qualidades de uma e da outra fariamos um pais muito interessante. E no final é isso, a imigração areja e traz novas possibilidades de ser e ver. Essa diversidade de nações e de pessoas renova e oxigena essa antiga terra. E viva a Italia e o Brasil e todas as outras culturas que fermentam uma raça melhor.