quinta-feira, 27 de dezembro de 2007

Linguagem e Metalinguagem

Hoje esta esfriando de novo e nao passarei frio, alias nao passei frio, mas so uma friagem no nariz. Como e bom ter aquecimento, agua quente para tomar banho em casa e logo logo direi como e bom de novo ter internet pra poder se comunicar com os amigos e pessoas queridas. So avaliamos o quanto essas comodidades fazem a vida ficar mais gostosa quando nos vemos privadas delas por uma razao ou outra.



Cada paisagem que eu vejo, cada angulo da rua, tenho vontade de mostrar, cada nascer do dia que eu vejo da minha janela da sala, aquele ceu e aquele esplendoroso sol se levantando quero mostrar, mas nao tenho segurança de trazer fotos para esse internet point com medo de um virus qualquer. Pode ser bobagem minha mas terei que esperar um pouco mais para compartilhar esses momentos.



Como desde os pequenos habitos aqui sao diferentes temos que perguntar sempre a alguem como funciona isso ou funciona aquilo. Tenho no andar de baixo uma senhora muito gentil que sempre se mostra disponivel pra nos mostrar onde fica isso ou aquilo. Outro dia quando nao estavamos conseguindo ligar o aquecimento apesar de teoricamente tudo estivesse certo, ela veio e nos mostrou o que sabia, e nos contou uma historia que eu fiquei um tanto quanto alarmada.



Me contou que numa tentativa de roubo, ela tinha sido agredida por tres rapazes e uma moça, e frisou muito o fato de ter uma ragazza junto, e que levou 7 pontos na cabeça. Que os rapazes eram de comunes vizinhas. Eu comentei com a Julia sobre a situaçao e ela me disse que tinha entendido que a senhora tinha bebido um pouco mais de vinha do que estava acostumada e tinha tropeçado e levado sete pontos na cabeça. Detalhe, essa senhora so fala dialeto do veneto. Conclusao, talvez a historia tenha sido outra e nem eu nem a Julia tenhamos entendido nada. Essa foi a segunda vez que quase morri de rir desde que cheguei à Italia.

Essa historia serve muito para lembrarmos que nem sempre o que ouvimos tem o mesmo significado para cada pessoa que escuta e apesar de nao falarmos num dialeto falamos sempre com textos e subtextos ocultos em cada palavra e em cada olhar.

quinta-feira, 20 de dezembro de 2007

E hoje a luz foi ligada, amanha terei aquecimento e poderei tomar banho na minha propria casa. Esses dias tenho emprestado o chuveiro de um amigo. Mas como um gato eu adoro o meu cantinho, a minha casa, o meu lar doce lar, e mesmo quando ele e amargo o que nao e o caso, nada melhor do que ele.

Em Mason onde estou morando, um vilarejo de 3.500 pessoas apesar de ser um local muito agradavel, com uma linda vista das montanhas, a diferenca de estrutura e brutal se compararmos com Sao Paulo. Tem a sede do governo local, uma igreja que jamais poderia faltar num Pais catolico como a Italia, um pequeno supermercado, uma tabacaria , uma pizzaria, um local para tratamento de pele, alguns outros pequenos locais comerciais, mas tudo que se tem que fazer desde ir a um internet point, comprar creditos para o celular, ter aulas de italiano e tudo o mais ou se vai a Marostica, que fica a um pulo, ou a Bassano del Grappa, dois pulinhos -de carro.

Hoje fui a Bassano para resolver questoes da internet (que so terei depois do Natal), comprar creditos para o celular porque aqui em Marostica (que e de onde escrevo) nao tinha.

Adorei Bassano com suas lojas elegantes, suas construcoes antigas, seu centro historico e voltarei um outro dia para tirar fotos e sentir melhor a cidade sem pressa e sem pressao de tempo.

Ja fui a Padova e a Treviso mas so para comprar moveis e objetos para o apto e nem tive tempo de sentir a cidade. Estao na minha lista na coluna "curtir".

Ontem fui a Vicenza fazer o meu codice fiscale. Ja posso comprar e colocar as compras em meu nome.

E tanta coisa pra contar mas o meu tempo se esgotou. Quando eu tiver a internet instalada ficara facil. E ainda nao me acostumei a esse teclado sem os acentos (eu trouxe um teclado em portugues que so poderei usar depois que os moveis forem montados na segunda-feira) mas o momento e de viver tudo novo no Velho Mundo, velho demais e que precisa urgente se oxigenar senao morrera.

terça-feira, 18 de dezembro de 2007

MInhas primeiras impressoes

Enfim, dentro da loucura que a minha vida se tornou nesse ultimo mes, agora pude parar um pouco entrar num internet point e poder escrever.

Nessas alturas da minha vida deixar tudo para tras e começar de novo esta sendo muito estimulante. E enfrentar esse frio da Italia é tudo o que eu queria, andar e olhar essas paisagens, essas montanhas povoadas, em cada pedaço um agrupamento de pessoas, outro comune. Tomar una cioccolatta calda, estimular os sentidos para captar novos sinais de uma forma diferente de encarar a vida, mais calma mas nao menos recheada de vida.

No segundo dia aqui vi a neve, ou melhor, os efeitos dela. Tudo branquinho, as estradas, os montes, as casas, as arvores, os telhados. Paisagem branqueada pela natureza e colorida pelos nossos olhos e pelo ceu azul e pelo dia ensolarado. Nunca esquecerei esse primeiro dia.

Cheguei atrasada ao aeroporto de Congonhas em Sao Paulo onde dia 11 de dezembro às 17:45 hs o meu voo partiria para Veneza com escala em Madrid. Mas na correria do dia, além de esquecer
a maquina fotografica e muuuitas outras coisas pessoais cheguei, corri mas nao consegui alcançar o aviao. Mas foi a melhor coisa que me aconteceu, numa classe turistica seis horas depois eu consegui vir dormindo em tres poltronas porque peguei um voo extra e assim começou a sucessao de coisas boas que estao me acontecendo na Italia.

Claro que tem alguns impedimentos, ainda nao tenho luz mas tenho velas...entao tutto va bene.
E acolchoados quentinhos que nao da vontade de sair da cama.

Assim que cheguei fiquei num Bed & Breakfast em Marostica, onde eu tinha que sair da casa às 10 horas da manha e so podia retornar depois das 18 horas e se eu voltava tarde o dono da casa fazia a maior cara feia! Costumes da Italia. Mas depois disso fiquei mais dois dias numa hotel e ontem pela primeira vez dormi no meu apto. Na verdade acampei porque os moveis estao todos para serem montados, sem luz e sem aquecimento. Hoje vai ser resolvido o problema do aquecimento que nao foi complicado porque os edredons aqueceram muito bem. O dificil foi levantar e encarar o frio. Com nao tenho chuveiro hoje me senti a propria europeia, sem tomar banho rsrs. Mas um amigo ofereceu pra tomar banho na casa dele, o que vou fazer assim que sair daqui. Hum, um chuveiro quentinho nesse frio, vai ser o maximo.

Volto outra hora, mas internet em casa so terei na semana que vem.

segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

Pausa para a viagem

Caros Amigos,

Depois do choque, fiquei esses dias um pouco fora do ar pois não estava preparada para essa eventualidade. Mas como me escreveram "nada acontece por acaso", tenho a certeza disso também e olharei com outros olhos essa separação, mesmo que provisória. E daqui a alguns meses assim que ela estiver preparada nos reencontraremos.

Estarei esses dias muito envolvida com a viagem, então só voltarei a escrever quando estiver tudo mais tranquilo, o mais tardar dia 13 e postarei fotos da viagem e o que acontecer de interessante. Quem quiser me acompanhar será muito bem vindo e nos momentos de solidão me lembrarei que tem voces e não me sentirei só.

Um grande abraço a todos e

Até lá

Nuvens negras na minha viagem

Chorar resolve problemas? Claro que não, mas limpa a alma e a minha hoje será limpa com muito choro, mas vai ficar uma tristeza imensa.

Acabei de receber uma ligação da veterinária: a Iris não vai poder viajar porque não tem anticorpos contra a raiva suficientes.

Essa cachorrinha estava na UIPA, onde nasceu quando a sua mãe prenha foi atropelada e levada para lá. Lá viveu por um ano e meio até eu me apaixonar por ela. Segundo a veterinária, quando eu dei todas as vacinas para tirá-la de lá ela devia estar fraca e subnutrida então o organismo não reagiu como deveria.

Agora ela deve fazer nova vacinação e controles, nova quarentena e só daqui a 8 meses, se ela reagir poderá sair do País e terá as condições para entrar na UE.

Estou com uma dor no coração e nem sei como fazer sarar isso. Acho que não sara.

E o mais estranho que quando eu recebi a notícia e comecei a chorar, Iris comecou a passar mal, com dificuldade de respirar. Esses animaizinhos são muito mais do que pensam que são.

sábado, 1 de dezembro de 2007

Dilema

Aqueles que já passaram uns meses fora do país sabem a trabalheira que antecede a viagem, e eu que nunca fiquei fora mais de um mes, estou numa incrivel maratona que vai desde um check up à compra de mais uma camiseta de manga comprida pra usar embaixo de uma malha ou encontrar com aquela/aquele amigo/amiga querido/querida que não dá pra gente ir embora sem dizer tchau pessoalmente.

E os muitos que me despedirei por email, não porque goste menos deles, mas por que será impossível abraçar todos pessoalmente. E muitos que já perdi de vista sequer saberão.

Como levar o mínimo mas não deixar coisas tão importantes como aquele livro que está começado e não quero abandonar e aquele outro que comprei e fica me namorando todo dia em cima da mesa, e que eu não tenho tido tempo pra ler, e os CD`s, qual levar e qual deixar, quando cada um representa um momento na vida.? Como levar o canto dos sabiás que todo dia futucam o meu jardim e o bando de maritacas que me trazem alegria com a sua algazarra pela manhã, como abandonar?

É aí que entra o mais importante. Deixar para trás, renunciar a pequenas coisas materiais, multiplas emocionais, se liberar, se libertar, se desprender, se transformar.

Abrir espaços para permitir que outras pessoas possam chegar, outras paisagens, outros objetos, outras atividades. E com isso preencher o que não foi vazio, mas esvaziado para poder se renovar.

quinta-feira, 29 de novembro de 2007

Ficam os corações partidos! E levo comigo parte do que ficou.

No Porto de Genova ficaram muitos corações partidos quando os nossos antepassados de lá pra cá vieram. Agora deixo no Brasil tantos amigos , e vou também mal conseguindo conter a emoção da despedida quando tanto da minha vida fica para trás.

Com cada amigo que fica deixo uma parte de mim, mas não vou vazia, vou plena das partes dos amigos que carrego. E esses serão minha companhia e meu alento ao lado dos que ainda terei.

Então vou alegre mesmo que triste, e dessa tristeza vem uma nova alegria e me torno de novo uma jovem que sai de seu pequeno circulo para ganhar espaços e gentes, para ser mais do que é, e não ser mais projeto mas sim implantação.

terça-feira, 27 de novembro de 2007

Momento de reflexão

Agora a minha contagem é regressiva. E a ansiedade a cada dia que passa, aumenta. Mesmo sabendo que todos oa caminhos foram ou estão sendo percorridos, que o plano A está indo de vento en popa, que o plano B está no bolso do casaco, e que todas as luvas estão na mala ou na bolsa, dá um friozinho na barriga que afinal combina muito com a temperatura de lá.

Essa é uma viagem diferente, uma viagem de fincar as raízes, será que a terra vai me aceitar, e será que eu vou aceitar a terra e encontrar caminhos macios para que a minhas raizes se expandam e se fixem? Vou encontrar um banco de minhoquinhas obreiras que vão trabalhar essa terra e facilitar o meu trabalho?

Questões essas que me fazem fazer uma viagem às profundezas de mim mesmo nesse reencontro do meu próprio eu, quem sabe dos espíritos dos meus ancestrais que devem estar fazendo festa? Às vezes vejo a minha cachorrinha olhar para um ponto que para mim é indefinido e latir como ela late quando chega visitas? Dando boas vindas?

Lidando com os meus próprio fantasmas conto o tempo e checo a minha lista de prioridades, e uma após outra esgoto essa lista imensa de providências que no dia seguinte se renovará. E a cada tarefa cumprida, cada passo dado me deixa mais perto de viver uma nova vida.

E agradeço a Deus, aos céus, ao universo, a mim mesmo essa oportunidade de uma profunda renovação, e vejo chegando a minha Pascoa pessoal.

domingo, 18 de novembro de 2007

Agua mole em pedra dura tanto bate até que fura!

A vontade de viajar, encontrar novas perspectivas é algo que trazemos de dentro de nós. no nosso DNA, no nosso desejo de estarmos melhor do que estamos, de sermos melhores do que somos.

Espelhados pelos nossos antepassados, e para reencontrar a nossa origem - outros simplesmente para exercer a liberdade de ir e vir dentro da comunidade européia, quiçá EUA - queremos praticar o nosso direito ancestral de sermos cidadãos italianos.

Toda a dificuldade de encontrar as certidões que comprovam esse direito ao invés de nos fazer recuar faz com que entremos em contato e resgatemos as nossas origens. Saber das dificuldades e da bravura desses antepassados, da sua ilimitada vontade de garantir a si e aos seus descendentes uma vida melhor, nos faz ficar cada vez mais orgulhosos de ser quem somos.

E nos faz ansiosos para buscar na pátria dos nossos ancestrais, nossa pátria por direito, um caminho para a própria vida. E essa vontade enorme de queimar etapas faz muitos sairem do Brasil sem a documentação exigida pelos órgãos italianos.

Nomes ou datas de nascimento transcritos erroneamente, por ignorância dos escrivãos brasileiros da época e/ou por desconhecimento da lingua portuguesa pelos nossos antenatos, constam das certidões brasileiras que devem estar iguais ao atto di nascita daquele que vai nos transmitir a cidadania.

Para tanto, antes de traduzir e legalizar os documentos, precisamos retificar os eventuais nomes registrados incorretamente e estarmos conscientes que para exercer um direito temos que cumprir nossos deveres.

E esperar mais um pouco antes de se lançar num país onde cada euro vale 2,81 reais na hora de comprar e que trabalhar legalmente está impedido pela lei desse país. E não se esquecer que os grandes centros já estão lotados de imigrantes de todas nacionalidades e que muitos comunes nem querem saber de falar de cidadania, comunes esses onde se encontram as oportunidades de trabalho.

Para se ir num comune onde exista a boa vontade de cumprir a lei de uma forma relativamente rápida, significa em termos gerais um pequeno comune onde não existe a possibilidade de trabalho, ou que é muito escassa essa oferta, e portanto a necessidade de maiores recursos é imperativa.

Nosso caminho traçamos hoje para andarmos nele amanhã. Que todos tracem um bom caminho e que o sofrimento seja mínimo para os que assim escolheram. E que todos sejam felizes e se tornem verdadeiros cidadãos do mundo.

sábado, 17 de novembro de 2007

Dicas para quem vai viajar com o seu animal de estimação

Só nesses dias que estou me dando conta que sair da malas e bagagens mais uma cachorrinha dá um trabalhão. Não a viagem em si mas tudo que envolve "essa" viagem.

Hoje comprei a caixa de transporte da Iris, minha querida viralata. Agora preciso fazê-la perder o medo da caixa, o que nesses quase 20 dias espero conseguir

Vou começar deixando a caixa no meu quarto para ela se familiarizar, depois vou começar a colocar uns ossinhos, aqueles que ela gosta mais, de um em um, para que ela comece a achar a caixa boa. Quando ela se acostumar vou colocar o seu cobertor, os seus brinquedinhos dentro , esperando que ela vá dormir lá e comece a achar tudo uma brincadeira.

Porisso recomendo que quem viajar com o seu animal compre a caixa com antecedência, até um pouco mais de antecedência do que eu. Precisa ser uma caixa de fibra de vidro, onde o cachorro possa dar uma volta de 360º.

Imagine um cachorrinho ser colocado numa caixa que ele não conhece, longe do seu dono num compartimento de carga com todos aqueles barulhos?

A companhia aérea me indicou uma caixa muuuito maior, ela poderia até dançar dentro, mas não caberia no carro. E ela tem um porte médio, então não precisa de uma casona. Só de uma suficientemente confortável para uma longa viagem.

Uns dias antes de viajar vou colocar uma meia no pé e só vou tirar quando tomar banho (eca!) e vestir de novo, até o dia da viagem quando vou colocar na sua caixa. Assim ela sentirá o meu cheiro e ficará menos ansiosa.

Com gatos não tenho experiência mas como eles são leves e podem viajar na cabine junto ao dono fica bem menos estressante.

Não se esqueçam de quando comprar a passagem fazerem a reserva. O pagamento deve ser feito só na hora de embarque em cash.

Boa viagem aus aus e miaus miaus.

segunda-feira, 12 de novembro de 2007

Como não sou parcial, para desfazer mal entendidos

federalistaconvinto deixou um novo comentário sobre a sua postagem "Para os separatistas italianos copio o comentário ...": forse non mi sono espresso bene scrivendo in portoghese. no era mia intenzione offendere tu o i tuoi antenati , che io rispetto. non sono razzista voglio solo fare conoscere la storia del popolo veneto. ti chiedo scusa.talvez não me são expressados escrita boa no português. não era minha intenção offend o ou seus antepassados, do que eu respeito. não são racist mim querem sozinho introduzir a história dos povos de Veneto. Eu peço-lhe a desculpa.cordialmente Michele

Eu é que peço desculpas publicamente. Fui precipitada e se a sua intenção apenas é defender a cultura do veneto tem todo o meu apoio. Este blog tem o objetivo de servir de esclarecimento aos imigrantes brasileiros, e aos que pretendem imigrar para a Italia sobre as suas origens e quero entender melhor a sua proposta. Foi uma reação emocional quando na verdade entendi mal a sua colocação. Sou a favor da integração das pessoas e da paz.

Movimentos

Quando eu li que meu bisavô foi um dos primeiros a emigrar do comune Volpago del Montello e antes já tinha tentado por duas vezes e por poucos meses ir para a Austria, tenho também pensado muito a respeito. Qual a programação no nosso DNA que nos leva, em levas, a ter esse anseio de novos lugares, a vivermos em outros países? Me parece que existe uma necessidade interna de miscigenação, de mistura de culturas pra um dia chegarmos a sermos Humanos. Quando formos um só povo não haverá mais discriminação de raça e de cor. Seremos todos coloridos.

E essa onda de imigrantes desembarcando na Italia, de várias etnias, vai acabar mudando radicalmente em uma geração a cara desse país tão sisudo e tão arrogante fazendo-o mais dinâmico, mais jovem e mais vibrante.

É linda a Italia com seus pequenas comunes, que parecem saidos de uma fotografia. Nada muda, nada se transforma. A Italia está querendo se agarrar com unhas e dentes a uma situação que o mundo globalizado já não permite. Mas como mesmo a foto hoje pode ser transformada em movimento, também a Italia precisará se renovar para não perecer.

sábado, 10 de novembro de 2007

Qual o x da questão da cidadania após voce ter os documentos legalizados e $$$ na mão?

Passeando pelo orkut nas comunidades de cidadania vemos sempre o comentário que depois que voce tem os documentos legalizados é só ir pra Italia e fazer a prática da cidadania. Tudo bem, é isso mesmo se voce tem a residência.

Mas qual a diferença entre residência e aluguel? Se eu tiver um lugar para morar não vou estar residindo? Por que preciso de residência? Afinal o que é isso?

Um local para morar (posto a letto) é uma cama num quarto com uma ou mais pessoas. Depende do quanto se paga por ela, ou de quem aluga. Entrando nos sites como easystanza.it e outros, se encontra muitas e muitas ofertas de aluguel para compartilhar o quarto com estudantes. Aí achamos que ótimo, resolvi o meu problema. Vou compartilhar o quarto por uns meses e já que o meu objetivo é conseguir a cidadania isso é o de menos. Meu problema está resolvido.

Resolveu? É difícil encontrar alguém que queira alugar uma vaga por um prazo curto. Não estou dizendo que seja impossível. Até aí, sempre tem um lugarzinho pra mais um em algum lugar.

Mas e a residência? Ele fornecem a residência? E pra que eu preciso disso ? Essa é a diferença toda em ter a chance de conseguir a sua cidadania ou não.

Na Italia todas as casas e os moradores inclusive os próprios italianos são registrados na prefeitura. Então uma casa que tem dois quartos só pode fornecer quatro residências porque esse é o número de camas padrão, duas para cada quarto. Se voce quer apertar um pouquinho e receber aquela pessoa que não tem onde ficar, tudo bem, mas essa pessoa não fica registrada como morador no comune. E a lei é clara, para se fazer a prática tem que ser residente na Italia.

Como fazemos então? Primeira providência que se tem que tomar quando se chega na Italia para fazer a prática é fazer o seu registro no comune acompanhado pelo dono ou titular do aluguel da casa. Se voce não tem residência não pode dar sequência aos tramites para a requisição da cidadania.

Porisso, ao alugarem um local não é só necessário saber qual o valor do aluguel , mas sim se o proprietário (dono ou locador) vai fornecer a residência e qual o valor a ser pago por ela, já que o sistema é diferente do Brasil que não tem controle nenhum sobre os moradores de uma casa.

Bom, mas quando eu entro na página do comune vejo sempre no lado direito
Annunci Immobili , abaixo Affito Case , e quando clico no link vejo um monte de ofertas de aluguel. Bom acho que está aí a minha solução.

O normal para um italiano nato alugar um imóvel é pagar 3 meses de aluguel adiantado, mais um de taxa para a imobiliaria. Para que esse procedimento seja válido para o estrangeiro ele tem que comprovar renda mensal e trabalho fixo. Impossível para quem vai fazer a prática da cidadania e está proibido de trabalhar.

Quando se encontra algum proprietário ou uma imobiliárias que não faça restrição a estrangerios, elas exigem 6 a 8 aluguéis de depósito, sendo um de taxa e o contrato, feito em noventa e nove virgula nove por cento das vezes será de longo prazo.

Alugar um apartamento ou casa é um investimento e na maioria das vezes impossível para alguém que está aqui no Brasil planejando a sua viagem sem contato nenhum na Italia. Conseguir esse feito para poder morar por 3 a 4 meses, na média se torna uma missão impossível. Claro que às vezes se tem um amigo ou um parente italiano que resolve esse problema, mas aqui estamos tratando das regras e não das excessões.

Uma das formas para se conseguir a tão necessária residência é contratar um assessor que ofereça a residência como parte do seu pacote de serviços. A outra é buscar alguém que tenha a possibilidade de registrar mais uma pessoa como moradora da casa e que normalmente vai cobrar por isso, já que esse é um produto escasso nesse mercado.

terça-feira, 6 de novembro de 2007

Que cor de nuvem prenuncia o novo agendamento no consulado São Paulo?

Sono, sono, sono, mas eu precisava escrever algo aqui senão eu não iria dormir bem.

Na verdade, estive esses dias envolvida em tirar fotos, atualizar os meus documentos, RG, CIC, e amanhã depois de um tempão, tenho agendado pela manhã a renovação do passaporte. E que ótimo a idéia desse agendamento porque as longas filas, a longa espera e a grande insatisfação eram motivo de constantes desavenças entre os requerentes e os funcionários.

Se esses agendamentos da Policia Federal, do consulado de São Paulo servirem para agilizar o atendimento e acabar com as disputas, um voto de confiança terá que ser dado ano novo cônsul. Mas acho que ainda não é hora de comemoração. Precisamos de fato saber como vai se desenrolar esse atendimento, se de fato vai nos ajudar ou nos atrapalhar. Essas duas hipóteses têm sido veiculadas com bastante frequência nesses últimos dias e é para serem levadas em consideração.

E se os precavidos, ou os urubus de plantão estiverem certos, já devemos começar a comemorar ou a chorar agora, mesmo que não sejamos nós os atingidos. Prefiro e quero comemorar a agilidade do consulado de São Paulo. Mas para isso precisamos dar mais um tempo. E veremos assim quem tem razão!

sábado, 3 de novembro de 2007

Pode o profissional brasileiro exercer a sua profissão na Italia usando o seu diploma universitário brasileiro?

O sistema educacional italiano tem diferenças marcantes em relação ao brasileiro. O ensino fundamental / médio no Brasil , é finalizado após 11 anos, e na Italia após 13 anos, o que aprofunda o abismo entre o ensino italiano e o brasileiro que começou na pré-escola, estendendo-se até a universidade.

O brasileiro com segundo grau, mesmo se tornando italiano não vai estar qualificado para enfrentar o mercado de trabalho em condições de igualdade com o italiano nato, pois não é considerado suficientemente instruído . E não pode pleitear uma vaga na universidade a menos que já tenha cursado um ano numa faculdade aqui para compensar esse desnível.

Uma questão fundamental dos italo-brasileiros que querem trabalhar na Italia na sua carreira , é que quando muito conseguem reconhecer um segundo grau, estando sempre em desvantagem com o trabalhador italiano.

O problema maior no entanto acontece que em torno de 90% dos cursos universitários brasileiros não são reconhecidos na Italia. Algumas cursos universitários no Brasil têm convênio com universidades italianas e só nesse caso, se a área de formação estiver dentro desses acordos, se poderá pedir equivalência e cursar numa universidade italiana as matérias suplementares que eles consideram necessárias para que se possa exercer a profissão na Italia, e conseguir assim a equivalência do diploma.

Para os cursos cuja universidade têm acordos com universidades italianas, é necessário legalizar os diplomas, o currículum escolar tanto de segundo grau quanto universitário, o conteúdo programático do segundo grau e do ensino superior, tudo traduzido comtradutor juramentado, com firma reconhecida inclusive dos diplomas, confirmação de autenticidade do diploma e do histórico escolar, e inscrição em órgãos de classe correspondente.

Veja o link do site do consulado com os modelo dos formulário e a lista das exigências para a legalização dos diplomas, que quer somente dizer que os diplomas foram emitidos por órgãos legais. E não significa necessariamente que se possa exercer a profissão na Italia.

Após os documentos legalizados terá que ser consultada a universidade local que tiver acordos com a universidade cursada para que se faça uma análise do curriculum e sejam estabelecidas as adaptações exigidas, como ocorre no Brasil.

quarta-feira, 31 de outubro de 2007

Enfim! Consulado de São Paulo nos dá perspectiva

Depois de ansiedades e mais ansiedades para conseguirmos montar os nossos documentos para podermos fazer a prática da cidadania na Italia, já que no Brasil ficou inviável, com essa fila tão grande andando a passos tão curtos quando não parada, nunca nesse vida se conseguirá ser italiano através do consulado em Sâo Paulo. A outra brecha, fazer a prática da cidadania na Italia parecia um caminho razoável para quem conseguisse economizar algums milhares de euros ou não tivesse restrição financeira.

O próximo passo legalizar os documentos e partir.

Mas a mudança de regras chegou. Como seria? Agendariamos mas quando teríamos prontos os documentos legalizados?

E agora dia 01 de novembro com o novo sistema de pré agendamento saimos de lá com os documentos na mão. Nos deixou felizes, pelo menos a princípio.

Bom, ainda tem um questão, ontem dia 01 quem entrou no sistema agendou para junho de 2008. Sete meses e alguma coisa. É muito preocupante essa distância aumentando tanto.

Perigo à vista, de se criar uma nova fiiiiiiiiiiiiiila como a do reconhecimento aqui no Brasil que parou há muuuuito tempo. Parece, tomara que não, que isso pode acontecer.

Para os terroristas de plantão essa é uma arma e tanto a ser jogada em cima dos descendentes.

Maneira fácil de parar o reconhecimento da cidadania italiana. Pararam no Brasil empilhando processos, mas começou na Italia aos poucos e agora com o fluxo aumentando eles resolveram a questão. Empurram cada dia mais longe a legalização dos documentos e os direitos ficam cada dia mais difíceis de serem exercidos.

Como Chegaram os nossos antepassados na Pousada dos Imigrantes depois de desembarcarem em Santos.



Lá vem a Maria Fumaça!
Maria mulher, generosa trazia crianças;
Pais, tias, tios, sobrinhos, mães, avós e até bisavós;
Crianças sem pai agarradas na mãe;
Pai sem mulher, sem amigo, sem parente;



Filho pequeno, pai distante, mulher confiante;
Jovem radiante, enamorada; Jovem grávida;
Homem doente, mulher pálida, criança franzina;
Viúva esperançosa, senhora cansada, noivos se amando;
Casais se separando tristemente;

E a todos acolhia a Maria Fumaça,
despejando nuvens e carregando esperanças.



sábado, 27 de outubro de 2007

Planejamento é necessário!

Passeando pelo Santo Orkut, pelas comunidades de cidadania italiana se "ouve" rsrs muito que esse ou aquele brasileiro sofreu ou está sofrendo na Italia durante o seu processo de reconhecimento da cidadania.

Tirando o mau atendimento das pessoas grosseiras, preguiçosas e sem vontade nenhuma de trabalhar, tenho visto muita falta de planejamento, que se fosse realizado evitaria na maior parte das vezes sofrimentos desnecessários.

Muitas pessoas querendo e precisando e ansiando uma mudança radical em suas vidas, que foi o que moveu os nossos antepassados em vários momentos da história, vão em busca do seu sonho sem antes se prepararem adequadamente.

A primeira providência quando se pretende ir para um país que não é o de sua origem é conhecer o básico da lingua e dos costumes do seu povo, pois a fluência na conversação e no entendimento com certeza se adquire no dia-a-dia;

Preparar-se materialmente para esse empreendimento, levantar os custos desde o valor da passagem, da moradia e da residência, da alimentação, das taxas do procedimento, dos translados, do lazer - afinal ninguém é de ferro, da assessoria quando for o caso, mais um mínimo de reserva para eventuais emergências para que não precisem ficar de chapéu na mão sem necessidade;

Levantar todos os documentos exigidos pela lei italiana para a prática da cidadania,

Retificar as certidões quando houver divergência de nomes;

Legalizar esses documentos no respectivo consulado;

Sair do Brasil com um destino e com moradia assegurada.

E nunca, mas nunca mesmo ir com a documentação incompleta.

Esses meses serão seus momentos, uma experiência que marcará definitivamente a sua vida, e porque não fazê-la de modo agradável, sem dores, pelo menos aquelas que se pode prever?

segunda-feira, 22 de outubro de 2007

Umbigocentrismo

Segunda-feira morna, quem sabe traz novidades sobre as legalizações em São Paulo? Como eles acham que lidamos com isso? Será que uma vez só pensaram que ao nos deixar sem saber exatamente quando eles vão se dispor a nos entregar os papéis eles estão bloqueando as nossas vidas?

Esse estado umbigocêntrico de nunca se colocar no lugar do outro é que faz com que situações como essas ocorram.

Mas para mudar isso precisaria haver uma revolução no modo com que as crianças são educadas, para que não se tornem indivíduos totalmente à parte do sentimento e da necessidade do outro.

Mas é nessa sociedade que estamos "condenados" ou "premiados" a vivermos.

E vamos aguardar que um dia desses a consciência baixe no consulado e eles resolvam que já nos puniram o suficiente por querermos exercer os nossos direitos.

sexta-feira, 19 de outubro de 2007

Cidadania Italiana e a importância dos descendentes- Pronunciamento histórico

Uma rede material de importância primordial. Dessa forma, o vice-chanceler Franco Danieli referiu-se na 3ª Conferência Italia-América Latina, aos cidadãos com passaporte italiano e aos oriundi que apresentaram pedidos para obter reconhecimento da cidadania italiana iuris sanguinis . Não deixem de ler abaixo a matéria

http://www.oriundi.net/index.php

Retificação de documentos - Imprescindível acompanhamento de advogado

Numa postagem anterior eu tinha dito que para fazer a retificação não era necessário advogado, e isso foi orientação de pessoas que deveriam saber o que estavam dizendo. Fiz a minha com ummodelo que encotrei no Orkut, a minha filha que é advogada deu uma revisada e melhorou o modelo, meu tio deu entrada pra mim e O JUIZ INDEFERIU porque não tinha um advogado. E eu tirei o nome dela porque me disseram que eu poderia entrar com o meu nome!

Bom, atraso que eu não contava. Mas agora espero que tudo corra bem e rápido.

Agora com um advogado devidamente contratado espero que saia logo.

Poxa, disse pra voces que era desnecessário um advogado porque era muito simples o procedimento. Scusi.

quinta-feira, 18 de outubro de 2007

Testemunha Silenciosa no jardim da Hospedaria

BeautifulTree

Sombras do Passado - Hospedaria dos Imigrantes no Brás

Past Shadows Immigrants'Inn São Paulo Brazil

Nossas Bagagens

Bagagens dos ancestrais no vagão do trem que os conduzia do Porto de Santos à Hospedaria dos Imigrantes no Brás. Parte da nossa bagagem cultural e emocional. Que memórias, sonhos, esperanças e desilusões carregam essas malas e esses baús?


Luggages

quarta-feira, 17 de outubro de 2007

Hoje é o meu DIA DE FÚRIA !!! Parafraseando o nome do blog do Fernando Amarante

Essa história que depois de comparecer ao agendamento no consulado vai demorar meses e meses? Não é possível a falta de respeito do consulado, isto é, do governo italiano com os brasileiros descendentes. Nossos antepassados devem estar se remexendo no túmulo.

E isso é um desrespeito à própria constituição italiana que diz que todo descendente de italiano, italiano é. A única coisa que nos falta é a inscrição anagráfica, e se eles estão barrando e dificultando essa inscrição, eles estão desrespeitando princípios básicos da sua própria lei. Passíveis de sanções.

Atenção advogados: acredito que se levado a um tribunal internacional é causa ganha.

domingo, 14 de outubro de 2007

Novo procedimento para legalização a partir de hoje 15 de outubro

A palavra mais dita ou percebida nas entrelinhas é ANSIEDADE. É o que todos estamos sentindo desde que começamos a busca dos documentos do nosso dante causa (aquele que vai transmitir a cidadania italiana - "o italiano" ou em alguns poucos casos definidos pela lei, "a italiana").

Haja coração! E estômago e figado, e corpo para suportar. Como os nossos antepassados apesar de todas as diferenças sociais, culturais e econômicas da época, se sentiram quando estavam aguardando o seu passaporte? Da mesma forma que aguardamos a nossa legalização? Esperando que o governo a qualquer hora mude o procedimento para dificultar ainda mais o acesso ao nosso direito?

Assim como num primeiro momento incentivaram a emigração para se verem livres de uma camada da população pobre e descontente, da mesma forma resolveram limitar a emigração porque estavam ficando sem braços para o trabalho, e nunca imaginaram a proporção que a emigração iria tomar.

Agora querem limitar a concessão da cidadania porque a base eleitoral italiana dos descendentes fica muito grande, e os senadores caso fossem concedidas todas as cidadanias pleiteadas, perderiam mais uma ou duas cadeiras no parlamento para os representantes desses italo-descendentes. E o italo-qualquer coisa, principalmente o italo-brasileiro passaria a ter um poder decisório na Italia que não interessa à classe política italiana.

Em 1877, com a limitação da concessão de passaportes, os ânimos ficaram tão exaltados que alguns impedidos de sair do país chegaram ao ponto de renunciarem à cidadania italiana para poderem exercer o seu direito de encontrar condições de subsistência em outro local. Porca Italia, se ela não me dá pão, vou procurar quem o dê. Pois fiquem com o seu pão.

Mas os tempos são outros, mesmo assim não podemos esquecer da força que temos e que é nosso esse direito.

sábado, 13 de outubro de 2007

Fim da exigência da Declaração de Presença para quem entra na Itália sem ter passado por um país da área de Schengen!

Circular 52/2007 do Ministero dell'Interno: 2016(04/10/2007) -
Tradução: Wagner Maiolino Tudo entre [] são notas minhas(04/10/2007) – ANAGRAFE Inscrição anagrafica para o reconhecimento da cidadania dos descendentes de italianos. Aplicação da lei número 68 / 2007 sobre as permissões de estadia de curta duração.Publicamos prontamente a Circular 52 / 2007 do Ministero dell'Interno:

“Como conseqüência da Circular número 32, de 13 junho 2007, [aquela que permitia que as estadias de breve duração fossem reconhecidas como válidas para processo de cidadania e que finalmente deu um alívio à obrigatoriedade de um Permesso di Soggiorno de outros motivos, já que o Permesso di Turismo estava extinto], solicitamos que Vossas Senhorias (SS.LL. = Signorie Loro) informem os comunes sobre a publicação, na Gazetta Ufficiale (de número 181 do dia 6 agosto 2007), do Decreto do Ministro dell'Interno datado de 26 julho 2007 e que diz respeito à “Modalidade de estadia de curta duração para visitas, negócios, turismo e estudo" regulamentada pela Lei número 68 datada de 28 maio 2007.

À luz do que foi estabelecido por esse Decreto Ministerial, para fazer a inscrição anagrafica dos requerentes vindos dos países que não aplicam o Acordo de Schengen, e que pretendem requerer o reconhecimento da cidadania jure sanguinis, basta - como demonstração da regularidade de sua estadia – apresentar ao Comune o Carimbo “Schengen” colocado pela Autoridade de Fronteira em seu passaporte.

Já os que vêm de países que aplicam o Acordo de Schengen, estes deverão apresentar ao Comune cópia da Dichiarazione di Presenza que deverá ter sido emitida pela Questura dentro dos primeiros 8 dias da entrada na IT, ou então, cópia da Dichiarazione prestada pela pessoa a administradores de hotéis ou de outras entidades de ramo hoteleiro, pois se trata de declarações regulamentadas pelo Artigo 109 do Regio Decreto número 773 datado de 18 junho de 1931 [1931 mesmo, é um Decreto antigo que estabelece que os registros hoteleiros têm valor oficial para comprovar estadia, na prática eu acho a via da Dichiarazione di Presenza feita pela Questura mais seguro].

O carimbo [aquele Carimbo 'Schengen'] ou a cópia da Dichiarazione di Presenza, de acordo com o País de proveniência, são títulos válidos como prova da regular estadia do estrangeiro na IT para os primeiros 3 meses, ou ainda para um período menor estabelecido pelo visto [ou seja, se já se gastou alguns meses em Schengen, estes meses deverão ser descontados]."IL DIRETTORE CENTRALE (Porzio).Tradução: Wagner Maiolino

Vejam também o Site da POLIZIA DI STATO.
Para o estrangeiro que vem de países que não aplicam ao acordo de Schengen a obrigação de apresentar a declaração da presença é satisfeita com aplicação do carimbo padrão Schengen no passaporte no momento do controle de fronteira.]

[O estrangeiro que vem dos países que aplicam o acordo de Schengen terá que fazer a declaração da presença, dentro de oito dias do ingresso, ao quaestor da província em que se encontra].

Imprimam copia da circular, para mostrar ao comune que ainda desconheça essa diretriz, e exigir a declaração de presença. O link está na lateral: Associazione Nazionale Ufficiali di Stato Civile e d´anagrafe.

sexta-feira, 12 de outubro de 2007

Os anúncios que seduziram os nossos antepassados

Piccolo Cartello della Veloce


Cartello della Veloce del 1903

Cartello della Veloce del 1910


quinta-feira, 11 de outubro de 2007

Céu ou Inferno?

Estar na fase de legalização dos documentos, e ser pega no meio das mudanças de regras, quem sabe o que vai acontecer? Será melhor e mais eficiente o consulado com esse agendamento via internet? Ou mais uma vez teremos que amargar outra fila de espera? E intermináveis números para se chegar a outros?

Com essas interrrogações temos que esperar para ver como serão os serviços do consulado a partir de segunda-feira. Mais uma vez dedinhos cruzados para que boas novidades cheguem e nossos documentos entrem e saiam de lá com muito mais rapidez.

Mesmo que possa haver nuvens que prenunciem tempestade, elas podem se desfazer e o céu ficar azul de brigadeiro.

E pé de pato mangalô tres vezes!

É... mas será que vai adiantar bater na madeira?

Seguindo o exemplo do Consulado de Curitiba vai ser mais uma pé na ..... dos italos-brasileiros, cujo direito está sendo mais uma vez colocado de lado em função de aspirações políticas de uns poucos.

sábado, 6 de outubro de 2007

Não adianta fazer a prática sem TODOS os documentos que comprovam a descendência.

Por conta da certidão anagrafica do meu avô paterno escrevi uma carta ao comune Volpago Del Montello, consultando se esse documento serviria como prova de filiação.

Depois de meses , o anagrafe respondeu dizendo que não poderiam dar uma resposta prévia e que conforme a lei eu apresentasse todos os documentos comprobatórios no comune para fazer a prática.

Enfim, se voce não está com todos os documentos tin tin por tin tin não importa a prova que exista. Só serão considerados os documentos claramente expressos na lei como passíveis de comprovação de filiação, que são nascimento, casamento e óbito.

Não sei se é incoerência ou a vontade de que menos um cidadão italiano de origem brasileira goze do seu direito.

o Stato de Famiglia do meu avo, o anagrafe se dispôs a me mandar o documento desde que eu deposite num banco italiano a quantia de 51,26 euros, e após o pagamento eles providenciarão a emissão e o envio do documento. Que em si não valerá nada, mas será mais um papel a juntar e dar peso ao pedido de cidadania.

Que bom que eu não dependo mais dessa linhagem para a obtenção da cidadania, mas pena porque alguns da minha família precisam dela. E como andam pipocando respostas, às muuuuuitas cartas que escrevi, logo terei uma resposta positiva do Arquivo Arquidioceno da Venezula, dedinhos cruzados.

E continuo a pessoa otimista que sou. E acho que muito breve terei o prazer de finalizar essa busca do meu tão querido avô. Esse aí mesmo que nos olha do lado direito do inicio da página.

Quando no final da sua vida ele estava muito doente, eu queria tanto beijá-lo, mas como essas demonstrações de afeto não faziam parte do cardápio familiar, eu o olhava nos seus olhos azuis e tentava dizer pra ele o quanto ele era amado. Acho que ele entendia. Porque quando penso nele é essa imagem que eu vejo. De amor. Não demonstrado por palavras ou gestos mas sim por atos.

Linhagem materna - Documentos necessários para prática, e dicas para retificação

Todos os meus documentos estão em ordem, incluindo a certidão do dante causa - aquele que transmitirá a cidadania pois ele é nascido na Italia:

  • certidão de nascimento do meu avô - Italia (dante causa)
  • certidão de casamento do meu avô - Brasil
  • certidão de óbito do meu avô - Brasil

O meu avô transmitiu a cidadania para a minha mãe que poderá transmití-la para mim já que nasci após 01.01.1948 - data em que as mulheres italianas adquiriram direitos civis e portanto passaram a poder transmitir cidadania. Se fosse o pai a transmitir não tem problema de data de nascimento porque a linhagem masculina sempre pôde transmitir e não tem restrições.

  • certidão de nascimento da minha mãe (nasci em março de 1948, então tenho direito de recorrer a essa linhagem para o reconhecimento da cidadania italiana).
  • certidão de casamento da minha mãe
  • certidão de óbito da minha mãe

E como sou eu que vou requerer a cidadania (fazer a prática), os meus documentos:

  • certidão de nascimento
  • certidão de casamento

Para as minhas filhas

  • certidão de nascimento
  • quando solteira, levar declaração que é solteira - 2 testemunhas e reconhecimento de firma ou se for casada a certidão de casamento.

Com a sua pasta de documentos já montada:

  • separe em ordem de nascimento, casamento e óbito por pessoa, a começar do dante causa e vindo até voce como no exemplo acima.
  • Faça uma relação dos nomes e em qual documento aquele nome se encontra, numere o documento 1 , 2, 3 ....
  • Se existir o mesmo nome escrito de maneiras diferentes em cada documento é necessário fazer a retificação, por exemplo:

Luiza Nijutai - certidão casamento;

Luiza Nipitai - certidão de óbito;

Luiza Candra - certidão de nascimento da filha;

O nome que consta na certidão italiana é NONOTALI. Com todas essas diferenças de nome não existe dúvida que há necessidade de fazer uma retificação.

  • Outra diferença de nomes passível de correção é quando na certidão Italiana consta o nome Giuseppe Eugenio, e aqui no Brasil o nosso antenato não usava o Giuseppe, só o Eugenio. Aí precisa retificar porque a primeiro nome é importantíssimo na Italia.

  • Assim estar nos registros brasileiros Luiza , e o nome na certidão italiana ser Maria Luigia. Se fosse só Luisa, não precisava retificar porque eles já sabem que Luisa é o Luigia abrasileirado. Mas se como no meu caso o nome usado aqui for Luiza e o nome italiano Maria Luigia, aí não tem nem choro e nem vela, precisa fazer a retificação.

Ficou claro? Se não, dêem um alô.

  • Diferenças de nomes com um "i" em uma certidão e "e" na certidão italiana não precisam de retificação, assim como um "t" e dois "tt" . Porém existem comunes que aceitam essas pequenas diferenças e outras não. Para quem faz o processo no Brasil não existe necessidade de se fazer retificações.

Para quem vai fazer a prática da cidadania na Italia, demorem um pouco mais para levar a documentação sem nenhum erro e assim facilitar o processo.

Controlem a ansiedade e fiquem mais tempo aqui no Brasil até que todos os documentos estejam completamente sem problemas. Para ficar menos tempo na Italia sem poder trabalhar, e gastar menos euros.

E não ser maltratado/a pelo pessoal do comune.

Se precisr de uma retificação, contratem um advogado que seja da região onde a retificação for feita. Se do interior, contratem alguém do interior, se de São Paulo contratem alguém de São Paulo. Cada região tem as suas particularidades e assim o processo sai mais rápido e não demora anos como eu já ouvi contar.

E depois de tudo retificado, traduzido, não esqueçam de refazer os documentos , identidade, passaporte e outros onde apareçam qualquer nome que foi retificado, para que não dêem margem alguma de questionamento.

Mais uma etapa que estou cumprindo e logo, logo, pé de pato mangalô tres vezes, vou poder passar pela legalização dos documentos no Consulado de São Paulo aiaiaiaiaiaiaiaiaaiai, um monte de cabelo vai nessa.

Eita fase difícil se a gente encontra gente mal humorada, mas o dia que for lá no consulado, pare, relaxe, inspire fundo, feche os olhos, se imagine num lugar da natureza que te dê prazer, uma praia, um rio, uma cachoeira ou uma montanha, fique de olhos fechados nesse lugar só respirando normalmente e sentindo a beleza da vida.

Abra os olhos, saia devagar, vá encarar as feras com o corpo em equilíbrio que tudo vai dar certo!

quinta-feira, 4 de outubro de 2007

Giacomo e Carolina na Venezuela - Italia Madrasta

Quando o meu bisavô Giacomo pediu passaporte em Volpago em 1876 ele foi para a Venezuela em busca de uma "terrra promessa" , idéia que a classe dominante na época vendia para os pobres pra que eles saíssem da Italia. Lá encontrou condições horríveis de vida, fome para a família e infelicidade para a sua mulher Carolina que ficava sozinha com os filhos enquanto ele trabalhava em lugares distantes. Ela com os seus próprios parcos recursos, e muitas vezes sem o suficiente para a subsistência da família. Essa realidade nem sempre era comentada pelos nossos avós, ou bisavós, ou..... De fato eles tentavam viver a vida no Brasil que apesar de tudo lhes dava maiores oportunidades. Tanto que o meu bisavô Giacomo nunca mais voltou para a Italia. Hoje lendo sobre isso entendo que o BRASIL estava sendo MÃE e a ITALIA MADRASTA,

Devem ter sidos duros aqueles tempos e isso posso ver numa foto desbotada pelo tempo a infelicidade no rosto de uma mulher marcada pela solidão, pela saudade e pela privação. Mas depois que vieram para o Brasil, pelo menos na fase que eu conheço, eles conheceram a prosperidade. Infelizmente muito pouco aproveitada, porque filhos, tais como meu pai, só queriam saber de multiplicar sem esforço, e porisso perderam a maior parte do que os bisavós e os avós construiram. Sem contar as grandes traições e apropriações familiares. Ainda bem que não participaram das consequências. .

quarta-feira, 3 de outubro de 2007

Porca italia!

E copiando esses nomes todos, essa gente toda deixa de ser apenas o número de mais um imigrante que o Brasil acolheu, e passa a ser mais um rejeitado pela pátria (com letra minúscula mesmo) assim como nós rejeitamos (como pátria brasileira) os nordestinos ignorantes e pobres.

Assim fez a Italia, repeliu os indesejáveis e se livrou dos pobres e agora não os quer de volta na forma dos seus descendentes. Nós, italo-brasileiros, temos que passar a ter orgulho de nossos ancestrais , buscar quem eram e de onde vieram, para nos reconciliarmos conosco mesmos e nunca esquecermos a herança que nos impele a deixar tudo que limita para trás e procurar sempre novos caminhos.

Isso faz parte do ser brasileiro, e somos isso porque nossos antepassados precisaram usar toda a sua criatividade e coragem para se adaptar a uma nova terra, a uma nova gente e a um novo tipo de discriminação. Que está sendo repetida.

terça-feira, 2 de outubro de 2007

Toca a campainha e eu corro pra ver se meus documentos estão chegando!

Hoje quase dei um beijo no carteiro!

Como ele estava com um envelope na mão que eu identifiquei sendo da Italia e outro pacote, meu Deus meu livro chegou! Comecei ali mesmo no portão, abri a carta, e maravilha. A certidão de Piombino Dese, PD.

No outro pacote o livro "UN PAESE ALL´ESTERO: Emigrazione Da Volpago...." que o Mons. Noé mandou e dentro a certidão de batismo do meu bisavô Nascimbem e uma cópia. Que gentileza a dele mandar uma cópia. Ainda tem mais pra chegar, a de casamento e a da Venezuela, e eu tinha certeza depois que acabasse essa greve dos correios ,ia começar a despencar documentos por todo lado.

Tudo está dando certo, e outras ações também estão se desenrolando da melhor forma possível.

Agora só dependo de uma certidão brasileira pra poder retificar os documentos.

E mais um passo foi dado, e quando caminhamos sabendo qual o ponto da chegada, o caminho vai se moldando pra que cheguemos lá. E todos podemos. E cada dia tenho mais certeza que o construímos no pensamento vira realidade.

segunda-feira, 1 de outubro de 2007

Como levantar informações a partir de um documento

E fiquei alegre, e depois fiquei triste porque depois de todos esses anos, e ainda me falta a certidão de nascimento do meu avô. Mas no final de julho comecei a levantar o lado materno da minha família, que eu nunca tive contato.

Eu tinha somente a certidão de casamento do meu pai.

E lá constava a cidade onde a minha mãe havia nascido. Ninguém da familia dela sabia quando o Eugenio, meu avô tinha vindo para o Brasil, nem de onde ele tinha vindo. Nada. A única informação que recebi e aproveitei foi que ele tinha vindo para o Brasil com mais ou menos 10 anos. Bom, já tinha uma informação. E não estranhem eu não saber nada do meu avô. A minha mãe morreu quando eu tinha 4 anos e fui morar com o meu avô paterno e perdi o contato a familia da minha mãe.

Santos cartórios. Muitos reclamam dos cartórios mas a experiência que eu tive foi bastante positiva, e com a boa vontade dos funcionários consegui localizar em qual cartório a minha mãe tinha sido registrada. Mas foi demorado, inúmeros telefonemas, mas consegui sem problemas a sua certidão de nascimento, depois a de casamento e a de óbito.

Nessas certidões encontrei dados sobre o pai dela e assim também consegui as certidões de nascimento, de casamento e de óbito. Mas faltava um dado essencial: saber em que comune italiana ele tinha nascido. E assim tentei falar com todos da família novamente mas ninguém tinha a noção de que local ele poderia ter nascido. Será que agora vou enroscar de novo?

Bom, será que a certidão de casamento religioso pode me dar alguma pista? E lá fui eu atrás do padre da cidade onde ele tinha se casado civilmente. Bom, esses documentos religiosos podem conter informações mais detalhadas que as contidas nas certidões civis porque naquela época dada a religiosidade dos nossos ancestrais e o fato que eles deveriam ser batizados para casar na igreja, de uma forma geral consta o comune onde ocorreu esse ato religioso.

Viva!!!!!!!!!!!!!!!Encontrei!!!!!!!!!!!!!!

Sim, estava escrito Camposanguido Padua, mas não devemos esquecer que essa é uma transcrição de documento antigo, muitas vezes ilegível, mas que pode nos dar uma pista. Bom, Camposanguido não existe como nome de Comune na Italia e nem como Frazione. Concluí que Camposanguido poderia ser Camposanpiero pela similaridade dos nomes, e própria composição das palavras. Mas existe também Villanova de Camposanpiero. Escrevi para esses dois comunes pedindo a certidão de nascimento do meu avô que pelos dados contidos na certidão e pelo fato de saber que ele tinha vindo com 10 anos para o Brasil me deu uma idéia aproximada do ano que ele poderia ter nascido: em torno de 1900.

Como eu não recebi nenhuma resposta desses comunes e como também não recebi a liste de leva de Padova, resolvi fazer um acordo com o a$$e$$or que eu tinha contratado para encontrar a certidão de nascimento do meu outro avô, e que me conseguiu uma certidão anagráfica. Bom, fizemos um acordo de depois de pouco tempo ele me mandou a certidão de nascimento. Giuseppe Eugenio nasceu em 05.02.1889 em Piombino Dese, Província de Padova, num local diferente de onde ele foi batizado, mas aquela informação foi fundamental para encontrar o seu documento.

domingo, 30 de setembro de 2007

Sentimentos

Ah! Essa fase pela qual todos passam. Nos traz ansiedades, alegrias imensas, uma profunda tristeza quando pensamos e nos conectamos às dificuldades pelas quais nossos antepassados passaram. Saíram de um País com a economia devastada, sem condição mínima de garantir o sustento da família, atravessaram o oceano, acreditaram na "Terra Promessa". Mas os seus corações permaneceram na terra onde deixaram a familia, amigos, esperanças.

Mas nos deixaram uma herança, um direito à cidadania italiana, uma possibilidade, um outro lar. Que faz parte de quem somos, descendentes de italianos, que trazemos um pouco dessa Italia conosco, um pouco de outra cultura hospedada em nossos gens. E quando buscamos documentos somos enviados de volta a esses nossos bravos antepassados. Pobres na sua grande maioria, mas com uma garra e um desejo de viverem uma vida melhor, sem privações. Muitos deles, infelizmente não conseguiram a tão sonhada prosperidade, mas todos foram exemplo de que temos que correr atrás de nossos sonhos, buscar outra vida quando esta já não nos serve mais, deixar para trás o velho e correr atrás do novo, e ter sempre a esperança de que podemos construir um futuro melhor.

domingo, 23 de setembro de 2007

Para quem não quer deixar o seu animal de estimação quando viaja

Para quem tem um animal de estimação, viajar por um tempo maior é uma das grandes preocupações. Eu que tenho a minha Iris, uma vira lata doce e macia, e andei esses dias buscando uma solução para a situação. Fui até à veterinária para coletar sangue para o exame de anticorpos neutralizantes do vírus da raiva, condição sine qua non para se entrar na União Européia com animais de estimação. E agora tenho que colocar um chip para que ela possa ser identificada de acordo com essas normas de entrada. Coloquei um link no lado direito com as normas e os procedimentos.

E nas minhas pesquisas entrando no site da Trenitalia descobri que a Iris vai poder fazer toda a viagem de trem que eu quiser, e que animais são bem vindos, contrário ao nosso costume, que somos olhados torto quando vamos a um lugar com essas maravilhosas companhias.

Pequenos animais viajam na Trenitalia gratuitamente, e cães de médio e grande porte pagam 5 euros, mas parece que essa taxa agora subiu para 10 euros. Mas enfim essa possibilidade existe e o nosso amigo não ficará chorando sozinho.

Obter no veterinário os seguintes documentos:
- Atestado de vacina anti-rábica (somente para animais com mais de 5 meses de idade), com todos os seus dados;
- Carteira de vacinação em dia:
- Atestado da Secretaria de Saúde, expedido por um veterinário credenciado.

De posse desses documentos, dirigir- se ao serviço de sanidade animal, para obtenção do certificado zoosanitário internacional ou nacional. A validade do certificado é de 8 dias, a contar da data de sua expedição, devendo- se obter, no mesmo, o visto consular do país de destino.Instruções para transporte de animais1 - Todos os países dispõem de normas específicas para importação, exportação e trânsito de animais (vide link).

O transporte de animais é possível, desde que sejam atendidas as seguintes exigências:

1.1. Fornecimento de atestado de sanidade animal, obtido junto à Secretaria Estadual de Agricultura ou em um posto de departamento de defesa animal;
1.2. Receita de médico veterinário, indicando a quantidade de tranquilizante ministrada ao animal e quanto tempo antes do vôo, quando para transporte na cabine de passageiros;
1.3. Solicitação de reserva com antecipação de no mínimo 48 horas;
1.4. Embalagem adequada ao tipo e tamanho do animal.

2 - 0 animal deverá estar limpo, saudável e sem odor desagradável e viajar em recipiente apropriado, fornecido pelo passageiro e à prova de fuga ou qualquer tipo de vazamento. Fêmeas grávidas não serão aceitas pelas empresas aéreas.

3 - Todos os animais viajarão no compartimento de bagagem e só serão aceitos na cabine de passageiros em casos muito especiais e mediante pagamento extra, com exceção para cães de auxílio a deficientes visuais ou auditivos.

4 - A empresa aérea aceita o transporte de alguns animais domésticos, desde que não haja transgressão às leis do país ou dos países incluídos na viagem.

5 - No Brasil, o transporte aéreo de animais silvestres é feito mediante a apresentação de guia do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Renováveis) e dos documentos citados no item 1 deste capítulo.

A Emigração de Volpago Dell Montello, Treviso, Veneto

No livro “Un Paese all’ Estero L´Emigrazione Da Volpago tra 1870 il 1970” , publicado pelo Comune di Volpago del Montello (Tv) de autoria de Benito Buosi e Gianpier Nicoletti existe referência à emigração da minha família. Essa publicação é uma profunda investigação sobre a emigração dos Volpaghesi entre os anos 1870 e 1970.
Veja link sobre a resenha do livro que deve interessar a todos os descendentes dos italianos que vieram dessa região, e aos interessados pela emigração em massa de italianos no romper do Sec. XX.
Um exemplar do livro me foi gentilmente cedido pelo Mons. Noé Tamai, Comune di S. Lucia Di Piave a quem devo agradecimentos. Nele contém entre outras preciosas informações, a lista de requisição de passaporte dos emigrantes do Comune di Volpago de 1876 a 1888.

Busca dos documentos do meu avô paterno.

Estou feliz, feliz. Depois de 20 anos com uma pasta vermelha na frente, onde várias pessoas já tentaram ”descobrir onde nasceu o Guglielmo”, agora finalmente encontrei: nato il Porto Gavezzo a 23.06.1883. Mas esse comune onde fica na Itália?

Bom, aí é que as coisas começaram a complicar novamente. Não existe esse comune na Itália, e provável é que Porto Gavezzo seja Puerto Cabello na Venezuela, onde Guglielmo nasceu quando seus pais emigraram para lá em 1876.
Conseguir a certidão anagráfica do comune de Volpago Dell Montello, TV deveria ter sido um desfecho feliz para uma busca de tantos anos, mas foi mais uma comemoração sem final definido, o que faço com essa certidão? Ela vai me dar ou não o direito a pleitear a minha cidadania?

Sim, se eu juntar uma declaração do registro civil da Venezuela que não consta o registro lá, ou uma certidão da paróquia que ele não foi batizado, aí a documentação fica completa.

Mas o círculo se fecha e eu retorno ao mesmo ponto. Preciso encontrar a certidão na Venezuela, onde há 20 anos já contratei um advogado que me mandou uma certidão que não tinha nada a ver com o meu avô. E Infrutíferas têm sido as tentativas de me comunicar com os órgãos do governo por intermédio de cartas e recentemente cartas e emails.

Tantas coisas a mais para providenciar quando eu já pensava ter encerrrado esse ciclo.

E agora no final do mês de agosto finalmente recebi um email do Arquivo Arquidiocesano de Valencia, VE me pedindo dados adicionais para eles fazerem uma pesquisa. Enfim, um contato com esse País que espero me renda uma certidão de batismo, ou quem sabe até uma certidão de nascimento, porque se em algum momento eu tive dúvidas do nascimento dele na Venezuela, agora não tenho mais.

Se eu tivesse escrito esse relato há 20 anos acho que teria uma enorme brochura onde ninguém teria vontade de ler, com tantas idas e vindas e permanecendo no mesmo lugar.