quarta-feira, 31 de outubro de 2007

Enfim! Consulado de São Paulo nos dá perspectiva

Depois de ansiedades e mais ansiedades para conseguirmos montar os nossos documentos para podermos fazer a prática da cidadania na Italia, já que no Brasil ficou inviável, com essa fila tão grande andando a passos tão curtos quando não parada, nunca nesse vida se conseguirá ser italiano através do consulado em Sâo Paulo. A outra brecha, fazer a prática da cidadania na Italia parecia um caminho razoável para quem conseguisse economizar algums milhares de euros ou não tivesse restrição financeira.

O próximo passo legalizar os documentos e partir.

Mas a mudança de regras chegou. Como seria? Agendariamos mas quando teríamos prontos os documentos legalizados?

E agora dia 01 de novembro com o novo sistema de pré agendamento saimos de lá com os documentos na mão. Nos deixou felizes, pelo menos a princípio.

Bom, ainda tem um questão, ontem dia 01 quem entrou no sistema agendou para junho de 2008. Sete meses e alguma coisa. É muito preocupante essa distância aumentando tanto.

Perigo à vista, de se criar uma nova fiiiiiiiiiiiiiila como a do reconhecimento aqui no Brasil que parou há muuuuito tempo. Parece, tomara que não, que isso pode acontecer.

Para os terroristas de plantão essa é uma arma e tanto a ser jogada em cima dos descendentes.

Maneira fácil de parar o reconhecimento da cidadania italiana. Pararam no Brasil empilhando processos, mas começou na Italia aos poucos e agora com o fluxo aumentando eles resolveram a questão. Empurram cada dia mais longe a legalização dos documentos e os direitos ficam cada dia mais difíceis de serem exercidos.

Como Chegaram os nossos antepassados na Pousada dos Imigrantes depois de desembarcarem em Santos.



Lá vem a Maria Fumaça!
Maria mulher, generosa trazia crianças;
Pais, tias, tios, sobrinhos, mães, avós e até bisavós;
Crianças sem pai agarradas na mãe;
Pai sem mulher, sem amigo, sem parente;



Filho pequeno, pai distante, mulher confiante;
Jovem radiante, enamorada; Jovem grávida;
Homem doente, mulher pálida, criança franzina;
Viúva esperançosa, senhora cansada, noivos se amando;
Casais se separando tristemente;

E a todos acolhia a Maria Fumaça,
despejando nuvens e carregando esperanças.



sábado, 27 de outubro de 2007

Planejamento é necessário!

Passeando pelo Santo Orkut, pelas comunidades de cidadania italiana se "ouve" rsrs muito que esse ou aquele brasileiro sofreu ou está sofrendo na Italia durante o seu processo de reconhecimento da cidadania.

Tirando o mau atendimento das pessoas grosseiras, preguiçosas e sem vontade nenhuma de trabalhar, tenho visto muita falta de planejamento, que se fosse realizado evitaria na maior parte das vezes sofrimentos desnecessários.

Muitas pessoas querendo e precisando e ansiando uma mudança radical em suas vidas, que foi o que moveu os nossos antepassados em vários momentos da história, vão em busca do seu sonho sem antes se prepararem adequadamente.

A primeira providência quando se pretende ir para um país que não é o de sua origem é conhecer o básico da lingua e dos costumes do seu povo, pois a fluência na conversação e no entendimento com certeza se adquire no dia-a-dia;

Preparar-se materialmente para esse empreendimento, levantar os custos desde o valor da passagem, da moradia e da residência, da alimentação, das taxas do procedimento, dos translados, do lazer - afinal ninguém é de ferro, da assessoria quando for o caso, mais um mínimo de reserva para eventuais emergências para que não precisem ficar de chapéu na mão sem necessidade;

Levantar todos os documentos exigidos pela lei italiana para a prática da cidadania,

Retificar as certidões quando houver divergência de nomes;

Legalizar esses documentos no respectivo consulado;

Sair do Brasil com um destino e com moradia assegurada.

E nunca, mas nunca mesmo ir com a documentação incompleta.

Esses meses serão seus momentos, uma experiência que marcará definitivamente a sua vida, e porque não fazê-la de modo agradável, sem dores, pelo menos aquelas que se pode prever?

segunda-feira, 22 de outubro de 2007

Umbigocentrismo

Segunda-feira morna, quem sabe traz novidades sobre as legalizações em São Paulo? Como eles acham que lidamos com isso? Será que uma vez só pensaram que ao nos deixar sem saber exatamente quando eles vão se dispor a nos entregar os papéis eles estão bloqueando as nossas vidas?

Esse estado umbigocêntrico de nunca se colocar no lugar do outro é que faz com que situações como essas ocorram.

Mas para mudar isso precisaria haver uma revolução no modo com que as crianças são educadas, para que não se tornem indivíduos totalmente à parte do sentimento e da necessidade do outro.

Mas é nessa sociedade que estamos "condenados" ou "premiados" a vivermos.

E vamos aguardar que um dia desses a consciência baixe no consulado e eles resolvam que já nos puniram o suficiente por querermos exercer os nossos direitos.

sexta-feira, 19 de outubro de 2007

Cidadania Italiana e a importância dos descendentes- Pronunciamento histórico

Uma rede material de importância primordial. Dessa forma, o vice-chanceler Franco Danieli referiu-se na 3ª Conferência Italia-América Latina, aos cidadãos com passaporte italiano e aos oriundi que apresentaram pedidos para obter reconhecimento da cidadania italiana iuris sanguinis . Não deixem de ler abaixo a matéria

http://www.oriundi.net/index.php

Retificação de documentos - Imprescindível acompanhamento de advogado

Numa postagem anterior eu tinha dito que para fazer a retificação não era necessário advogado, e isso foi orientação de pessoas que deveriam saber o que estavam dizendo. Fiz a minha com ummodelo que encotrei no Orkut, a minha filha que é advogada deu uma revisada e melhorou o modelo, meu tio deu entrada pra mim e O JUIZ INDEFERIU porque não tinha um advogado. E eu tirei o nome dela porque me disseram que eu poderia entrar com o meu nome!

Bom, atraso que eu não contava. Mas agora espero que tudo corra bem e rápido.

Agora com um advogado devidamente contratado espero que saia logo.

Poxa, disse pra voces que era desnecessário um advogado porque era muito simples o procedimento. Scusi.

quinta-feira, 18 de outubro de 2007

Testemunha Silenciosa no jardim da Hospedaria

BeautifulTree

Sombras do Passado - Hospedaria dos Imigrantes no Brás

Past Shadows Immigrants'Inn São Paulo Brazil

Nossas Bagagens

Bagagens dos ancestrais no vagão do trem que os conduzia do Porto de Santos à Hospedaria dos Imigrantes no Brás. Parte da nossa bagagem cultural e emocional. Que memórias, sonhos, esperanças e desilusões carregam essas malas e esses baús?


Luggages

quarta-feira, 17 de outubro de 2007

Hoje é o meu DIA DE FÚRIA !!! Parafraseando o nome do blog do Fernando Amarante

Essa história que depois de comparecer ao agendamento no consulado vai demorar meses e meses? Não é possível a falta de respeito do consulado, isto é, do governo italiano com os brasileiros descendentes. Nossos antepassados devem estar se remexendo no túmulo.

E isso é um desrespeito à própria constituição italiana que diz que todo descendente de italiano, italiano é. A única coisa que nos falta é a inscrição anagráfica, e se eles estão barrando e dificultando essa inscrição, eles estão desrespeitando princípios básicos da sua própria lei. Passíveis de sanções.

Atenção advogados: acredito que se levado a um tribunal internacional é causa ganha.

domingo, 14 de outubro de 2007

Novo procedimento para legalização a partir de hoje 15 de outubro

A palavra mais dita ou percebida nas entrelinhas é ANSIEDADE. É o que todos estamos sentindo desde que começamos a busca dos documentos do nosso dante causa (aquele que vai transmitir a cidadania italiana - "o italiano" ou em alguns poucos casos definidos pela lei, "a italiana").

Haja coração! E estômago e figado, e corpo para suportar. Como os nossos antepassados apesar de todas as diferenças sociais, culturais e econômicas da época, se sentiram quando estavam aguardando o seu passaporte? Da mesma forma que aguardamos a nossa legalização? Esperando que o governo a qualquer hora mude o procedimento para dificultar ainda mais o acesso ao nosso direito?

Assim como num primeiro momento incentivaram a emigração para se verem livres de uma camada da população pobre e descontente, da mesma forma resolveram limitar a emigração porque estavam ficando sem braços para o trabalho, e nunca imaginaram a proporção que a emigração iria tomar.

Agora querem limitar a concessão da cidadania porque a base eleitoral italiana dos descendentes fica muito grande, e os senadores caso fossem concedidas todas as cidadanias pleiteadas, perderiam mais uma ou duas cadeiras no parlamento para os representantes desses italo-descendentes. E o italo-qualquer coisa, principalmente o italo-brasileiro passaria a ter um poder decisório na Italia que não interessa à classe política italiana.

Em 1877, com a limitação da concessão de passaportes, os ânimos ficaram tão exaltados que alguns impedidos de sair do país chegaram ao ponto de renunciarem à cidadania italiana para poderem exercer o seu direito de encontrar condições de subsistência em outro local. Porca Italia, se ela não me dá pão, vou procurar quem o dê. Pois fiquem com o seu pão.

Mas os tempos são outros, mesmo assim não podemos esquecer da força que temos e que é nosso esse direito.

sábado, 13 de outubro de 2007

Fim da exigência da Declaração de Presença para quem entra na Itália sem ter passado por um país da área de Schengen!

Circular 52/2007 do Ministero dell'Interno: 2016(04/10/2007) -
Tradução: Wagner Maiolino Tudo entre [] são notas minhas(04/10/2007) – ANAGRAFE Inscrição anagrafica para o reconhecimento da cidadania dos descendentes de italianos. Aplicação da lei número 68 / 2007 sobre as permissões de estadia de curta duração.Publicamos prontamente a Circular 52 / 2007 do Ministero dell'Interno:

“Como conseqüência da Circular número 32, de 13 junho 2007, [aquela que permitia que as estadias de breve duração fossem reconhecidas como válidas para processo de cidadania e que finalmente deu um alívio à obrigatoriedade de um Permesso di Soggiorno de outros motivos, já que o Permesso di Turismo estava extinto], solicitamos que Vossas Senhorias (SS.LL. = Signorie Loro) informem os comunes sobre a publicação, na Gazetta Ufficiale (de número 181 do dia 6 agosto 2007), do Decreto do Ministro dell'Interno datado de 26 julho 2007 e que diz respeito à “Modalidade de estadia de curta duração para visitas, negócios, turismo e estudo" regulamentada pela Lei número 68 datada de 28 maio 2007.

À luz do que foi estabelecido por esse Decreto Ministerial, para fazer a inscrição anagrafica dos requerentes vindos dos países que não aplicam o Acordo de Schengen, e que pretendem requerer o reconhecimento da cidadania jure sanguinis, basta - como demonstração da regularidade de sua estadia – apresentar ao Comune o Carimbo “Schengen” colocado pela Autoridade de Fronteira em seu passaporte.

Já os que vêm de países que aplicam o Acordo de Schengen, estes deverão apresentar ao Comune cópia da Dichiarazione di Presenza que deverá ter sido emitida pela Questura dentro dos primeiros 8 dias da entrada na IT, ou então, cópia da Dichiarazione prestada pela pessoa a administradores de hotéis ou de outras entidades de ramo hoteleiro, pois se trata de declarações regulamentadas pelo Artigo 109 do Regio Decreto número 773 datado de 18 junho de 1931 [1931 mesmo, é um Decreto antigo que estabelece que os registros hoteleiros têm valor oficial para comprovar estadia, na prática eu acho a via da Dichiarazione di Presenza feita pela Questura mais seguro].

O carimbo [aquele Carimbo 'Schengen'] ou a cópia da Dichiarazione di Presenza, de acordo com o País de proveniência, são títulos válidos como prova da regular estadia do estrangeiro na IT para os primeiros 3 meses, ou ainda para um período menor estabelecido pelo visto [ou seja, se já se gastou alguns meses em Schengen, estes meses deverão ser descontados]."IL DIRETTORE CENTRALE (Porzio).Tradução: Wagner Maiolino

Vejam também o Site da POLIZIA DI STATO.
Para o estrangeiro que vem de países que não aplicam ao acordo de Schengen a obrigação de apresentar a declaração da presença é satisfeita com aplicação do carimbo padrão Schengen no passaporte no momento do controle de fronteira.]

[O estrangeiro que vem dos países que aplicam o acordo de Schengen terá que fazer a declaração da presença, dentro de oito dias do ingresso, ao quaestor da província em que se encontra].

Imprimam copia da circular, para mostrar ao comune que ainda desconheça essa diretriz, e exigir a declaração de presença. O link está na lateral: Associazione Nazionale Ufficiali di Stato Civile e d´anagrafe.

sexta-feira, 12 de outubro de 2007

Os anúncios que seduziram os nossos antepassados

Piccolo Cartello della Veloce


Cartello della Veloce del 1903

Cartello della Veloce del 1910


quinta-feira, 11 de outubro de 2007

Céu ou Inferno?

Estar na fase de legalização dos documentos, e ser pega no meio das mudanças de regras, quem sabe o que vai acontecer? Será melhor e mais eficiente o consulado com esse agendamento via internet? Ou mais uma vez teremos que amargar outra fila de espera? E intermináveis números para se chegar a outros?

Com essas interrrogações temos que esperar para ver como serão os serviços do consulado a partir de segunda-feira. Mais uma vez dedinhos cruzados para que boas novidades cheguem e nossos documentos entrem e saiam de lá com muito mais rapidez.

Mesmo que possa haver nuvens que prenunciem tempestade, elas podem se desfazer e o céu ficar azul de brigadeiro.

E pé de pato mangalô tres vezes!

É... mas será que vai adiantar bater na madeira?

Seguindo o exemplo do Consulado de Curitiba vai ser mais uma pé na ..... dos italos-brasileiros, cujo direito está sendo mais uma vez colocado de lado em função de aspirações políticas de uns poucos.

sábado, 6 de outubro de 2007

Não adianta fazer a prática sem TODOS os documentos que comprovam a descendência.

Por conta da certidão anagrafica do meu avô paterno escrevi uma carta ao comune Volpago Del Montello, consultando se esse documento serviria como prova de filiação.

Depois de meses , o anagrafe respondeu dizendo que não poderiam dar uma resposta prévia e que conforme a lei eu apresentasse todos os documentos comprobatórios no comune para fazer a prática.

Enfim, se voce não está com todos os documentos tin tin por tin tin não importa a prova que exista. Só serão considerados os documentos claramente expressos na lei como passíveis de comprovação de filiação, que são nascimento, casamento e óbito.

Não sei se é incoerência ou a vontade de que menos um cidadão italiano de origem brasileira goze do seu direito.

o Stato de Famiglia do meu avo, o anagrafe se dispôs a me mandar o documento desde que eu deposite num banco italiano a quantia de 51,26 euros, e após o pagamento eles providenciarão a emissão e o envio do documento. Que em si não valerá nada, mas será mais um papel a juntar e dar peso ao pedido de cidadania.

Que bom que eu não dependo mais dessa linhagem para a obtenção da cidadania, mas pena porque alguns da minha família precisam dela. E como andam pipocando respostas, às muuuuuitas cartas que escrevi, logo terei uma resposta positiva do Arquivo Arquidioceno da Venezula, dedinhos cruzados.

E continuo a pessoa otimista que sou. E acho que muito breve terei o prazer de finalizar essa busca do meu tão querido avô. Esse aí mesmo que nos olha do lado direito do inicio da página.

Quando no final da sua vida ele estava muito doente, eu queria tanto beijá-lo, mas como essas demonstrações de afeto não faziam parte do cardápio familiar, eu o olhava nos seus olhos azuis e tentava dizer pra ele o quanto ele era amado. Acho que ele entendia. Porque quando penso nele é essa imagem que eu vejo. De amor. Não demonstrado por palavras ou gestos mas sim por atos.

Linhagem materna - Documentos necessários para prática, e dicas para retificação

Todos os meus documentos estão em ordem, incluindo a certidão do dante causa - aquele que transmitirá a cidadania pois ele é nascido na Italia:

  • certidão de nascimento do meu avô - Italia (dante causa)
  • certidão de casamento do meu avô - Brasil
  • certidão de óbito do meu avô - Brasil

O meu avô transmitiu a cidadania para a minha mãe que poderá transmití-la para mim já que nasci após 01.01.1948 - data em que as mulheres italianas adquiriram direitos civis e portanto passaram a poder transmitir cidadania. Se fosse o pai a transmitir não tem problema de data de nascimento porque a linhagem masculina sempre pôde transmitir e não tem restrições.

  • certidão de nascimento da minha mãe (nasci em março de 1948, então tenho direito de recorrer a essa linhagem para o reconhecimento da cidadania italiana).
  • certidão de casamento da minha mãe
  • certidão de óbito da minha mãe

E como sou eu que vou requerer a cidadania (fazer a prática), os meus documentos:

  • certidão de nascimento
  • certidão de casamento

Para as minhas filhas

  • certidão de nascimento
  • quando solteira, levar declaração que é solteira - 2 testemunhas e reconhecimento de firma ou se for casada a certidão de casamento.

Com a sua pasta de documentos já montada:

  • separe em ordem de nascimento, casamento e óbito por pessoa, a começar do dante causa e vindo até voce como no exemplo acima.
  • Faça uma relação dos nomes e em qual documento aquele nome se encontra, numere o documento 1 , 2, 3 ....
  • Se existir o mesmo nome escrito de maneiras diferentes em cada documento é necessário fazer a retificação, por exemplo:

Luiza Nijutai - certidão casamento;

Luiza Nipitai - certidão de óbito;

Luiza Candra - certidão de nascimento da filha;

O nome que consta na certidão italiana é NONOTALI. Com todas essas diferenças de nome não existe dúvida que há necessidade de fazer uma retificação.

  • Outra diferença de nomes passível de correção é quando na certidão Italiana consta o nome Giuseppe Eugenio, e aqui no Brasil o nosso antenato não usava o Giuseppe, só o Eugenio. Aí precisa retificar porque a primeiro nome é importantíssimo na Italia.

  • Assim estar nos registros brasileiros Luiza , e o nome na certidão italiana ser Maria Luigia. Se fosse só Luisa, não precisava retificar porque eles já sabem que Luisa é o Luigia abrasileirado. Mas se como no meu caso o nome usado aqui for Luiza e o nome italiano Maria Luigia, aí não tem nem choro e nem vela, precisa fazer a retificação.

Ficou claro? Se não, dêem um alô.

  • Diferenças de nomes com um "i" em uma certidão e "e" na certidão italiana não precisam de retificação, assim como um "t" e dois "tt" . Porém existem comunes que aceitam essas pequenas diferenças e outras não. Para quem faz o processo no Brasil não existe necessidade de se fazer retificações.

Para quem vai fazer a prática da cidadania na Italia, demorem um pouco mais para levar a documentação sem nenhum erro e assim facilitar o processo.

Controlem a ansiedade e fiquem mais tempo aqui no Brasil até que todos os documentos estejam completamente sem problemas. Para ficar menos tempo na Italia sem poder trabalhar, e gastar menos euros.

E não ser maltratado/a pelo pessoal do comune.

Se precisr de uma retificação, contratem um advogado que seja da região onde a retificação for feita. Se do interior, contratem alguém do interior, se de São Paulo contratem alguém de São Paulo. Cada região tem as suas particularidades e assim o processo sai mais rápido e não demora anos como eu já ouvi contar.

E depois de tudo retificado, traduzido, não esqueçam de refazer os documentos , identidade, passaporte e outros onde apareçam qualquer nome que foi retificado, para que não dêem margem alguma de questionamento.

Mais uma etapa que estou cumprindo e logo, logo, pé de pato mangalô tres vezes, vou poder passar pela legalização dos documentos no Consulado de São Paulo aiaiaiaiaiaiaiaiaaiai, um monte de cabelo vai nessa.

Eita fase difícil se a gente encontra gente mal humorada, mas o dia que for lá no consulado, pare, relaxe, inspire fundo, feche os olhos, se imagine num lugar da natureza que te dê prazer, uma praia, um rio, uma cachoeira ou uma montanha, fique de olhos fechados nesse lugar só respirando normalmente e sentindo a beleza da vida.

Abra os olhos, saia devagar, vá encarar as feras com o corpo em equilíbrio que tudo vai dar certo!

quinta-feira, 4 de outubro de 2007

Giacomo e Carolina na Venezuela - Italia Madrasta

Quando o meu bisavô Giacomo pediu passaporte em Volpago em 1876 ele foi para a Venezuela em busca de uma "terrra promessa" , idéia que a classe dominante na época vendia para os pobres pra que eles saíssem da Italia. Lá encontrou condições horríveis de vida, fome para a família e infelicidade para a sua mulher Carolina que ficava sozinha com os filhos enquanto ele trabalhava em lugares distantes. Ela com os seus próprios parcos recursos, e muitas vezes sem o suficiente para a subsistência da família. Essa realidade nem sempre era comentada pelos nossos avós, ou bisavós, ou..... De fato eles tentavam viver a vida no Brasil que apesar de tudo lhes dava maiores oportunidades. Tanto que o meu bisavô Giacomo nunca mais voltou para a Italia. Hoje lendo sobre isso entendo que o BRASIL estava sendo MÃE e a ITALIA MADRASTA,

Devem ter sidos duros aqueles tempos e isso posso ver numa foto desbotada pelo tempo a infelicidade no rosto de uma mulher marcada pela solidão, pela saudade e pela privação. Mas depois que vieram para o Brasil, pelo menos na fase que eu conheço, eles conheceram a prosperidade. Infelizmente muito pouco aproveitada, porque filhos, tais como meu pai, só queriam saber de multiplicar sem esforço, e porisso perderam a maior parte do que os bisavós e os avós construiram. Sem contar as grandes traições e apropriações familiares. Ainda bem que não participaram das consequências. .

quarta-feira, 3 de outubro de 2007

Porca italia!

E copiando esses nomes todos, essa gente toda deixa de ser apenas o número de mais um imigrante que o Brasil acolheu, e passa a ser mais um rejeitado pela pátria (com letra minúscula mesmo) assim como nós rejeitamos (como pátria brasileira) os nordestinos ignorantes e pobres.

Assim fez a Italia, repeliu os indesejáveis e se livrou dos pobres e agora não os quer de volta na forma dos seus descendentes. Nós, italo-brasileiros, temos que passar a ter orgulho de nossos ancestrais , buscar quem eram e de onde vieram, para nos reconciliarmos conosco mesmos e nunca esquecermos a herança que nos impele a deixar tudo que limita para trás e procurar sempre novos caminhos.

Isso faz parte do ser brasileiro, e somos isso porque nossos antepassados precisaram usar toda a sua criatividade e coragem para se adaptar a uma nova terra, a uma nova gente e a um novo tipo de discriminação. Que está sendo repetida.

terça-feira, 2 de outubro de 2007

Toca a campainha e eu corro pra ver se meus documentos estão chegando!

Hoje quase dei um beijo no carteiro!

Como ele estava com um envelope na mão que eu identifiquei sendo da Italia e outro pacote, meu Deus meu livro chegou! Comecei ali mesmo no portão, abri a carta, e maravilha. A certidão de Piombino Dese, PD.

No outro pacote o livro "UN PAESE ALL´ESTERO: Emigrazione Da Volpago...." que o Mons. Noé mandou e dentro a certidão de batismo do meu bisavô Nascimbem e uma cópia. Que gentileza a dele mandar uma cópia. Ainda tem mais pra chegar, a de casamento e a da Venezuela, e eu tinha certeza depois que acabasse essa greve dos correios ,ia começar a despencar documentos por todo lado.

Tudo está dando certo, e outras ações também estão se desenrolando da melhor forma possível.

Agora só dependo de uma certidão brasileira pra poder retificar os documentos.

E mais um passo foi dado, e quando caminhamos sabendo qual o ponto da chegada, o caminho vai se moldando pra que cheguemos lá. E todos podemos. E cada dia tenho mais certeza que o construímos no pensamento vira realidade.

segunda-feira, 1 de outubro de 2007

Como levantar informações a partir de um documento

E fiquei alegre, e depois fiquei triste porque depois de todos esses anos, e ainda me falta a certidão de nascimento do meu avô. Mas no final de julho comecei a levantar o lado materno da minha família, que eu nunca tive contato.

Eu tinha somente a certidão de casamento do meu pai.

E lá constava a cidade onde a minha mãe havia nascido. Ninguém da familia dela sabia quando o Eugenio, meu avô tinha vindo para o Brasil, nem de onde ele tinha vindo. Nada. A única informação que recebi e aproveitei foi que ele tinha vindo para o Brasil com mais ou menos 10 anos. Bom, já tinha uma informação. E não estranhem eu não saber nada do meu avô. A minha mãe morreu quando eu tinha 4 anos e fui morar com o meu avô paterno e perdi o contato a familia da minha mãe.

Santos cartórios. Muitos reclamam dos cartórios mas a experiência que eu tive foi bastante positiva, e com a boa vontade dos funcionários consegui localizar em qual cartório a minha mãe tinha sido registrada. Mas foi demorado, inúmeros telefonemas, mas consegui sem problemas a sua certidão de nascimento, depois a de casamento e a de óbito.

Nessas certidões encontrei dados sobre o pai dela e assim também consegui as certidões de nascimento, de casamento e de óbito. Mas faltava um dado essencial: saber em que comune italiana ele tinha nascido. E assim tentei falar com todos da família novamente mas ninguém tinha a noção de que local ele poderia ter nascido. Será que agora vou enroscar de novo?

Bom, será que a certidão de casamento religioso pode me dar alguma pista? E lá fui eu atrás do padre da cidade onde ele tinha se casado civilmente. Bom, esses documentos religiosos podem conter informações mais detalhadas que as contidas nas certidões civis porque naquela época dada a religiosidade dos nossos ancestrais e o fato que eles deveriam ser batizados para casar na igreja, de uma forma geral consta o comune onde ocorreu esse ato religioso.

Viva!!!!!!!!!!!!!!!Encontrei!!!!!!!!!!!!!!

Sim, estava escrito Camposanguido Padua, mas não devemos esquecer que essa é uma transcrição de documento antigo, muitas vezes ilegível, mas que pode nos dar uma pista. Bom, Camposanguido não existe como nome de Comune na Italia e nem como Frazione. Concluí que Camposanguido poderia ser Camposanpiero pela similaridade dos nomes, e própria composição das palavras. Mas existe também Villanova de Camposanpiero. Escrevi para esses dois comunes pedindo a certidão de nascimento do meu avô que pelos dados contidos na certidão e pelo fato de saber que ele tinha vindo com 10 anos para o Brasil me deu uma idéia aproximada do ano que ele poderia ter nascido: em torno de 1900.

Como eu não recebi nenhuma resposta desses comunes e como também não recebi a liste de leva de Padova, resolvi fazer um acordo com o a$$e$$or que eu tinha contratado para encontrar a certidão de nascimento do meu outro avô, e que me conseguiu uma certidão anagráfica. Bom, fizemos um acordo de depois de pouco tempo ele me mandou a certidão de nascimento. Giuseppe Eugenio nasceu em 05.02.1889 em Piombino Dese, Província de Padova, num local diferente de onde ele foi batizado, mas aquela informação foi fundamental para encontrar o seu documento.