sábado, 9 de fevereiro de 2008

Males e benes da Italia

A Italia é linda, a região onde estou morando é cheia de vinhedos e oliveiras, com uma grande atividade industrial.

Parece perfeito, mas o que incomoda é que das 12:30 às 15:30 está tudo fechado, de domingo idem, de segunda também, quarta depois do almoço, muitos. Nas fábricas ainda não sei como funciona. Bancos estou em dúvida, depois complemento.

Sinto a economia estaganada, as pessoas num marasmo que não sei o que é pior, se o stress de São Paulo ou o stress do não fazer aqui na Italia.

Se a economia estivesse bem, eu diria, tudo bem, é tradição, mas os italianos não estão pagando os financiamentos, vivem com salários ou rendas minguados, tudo bem, a classe média vive melhor aqui do que no Brasil. Mas a longo prazo se não forem feitas grandes mudanças não vejo um céu muito "sereno" pra essa classe média italiana que já está à beira da insolvência.

E descobri, claro que à custa da experimentação, que se um produto é muito mais barato que outro, ele é tecnologicamente ultrapassado. O que a princípio irrita, mas quando entendemos que todas as pessoas podem ter acesso por exemplo, a uma máquina de lavar roupa - o que não acontece no Brasil - logo veremos que é uma qualidade do país.

Seguindo com o exemplo de uma máquina de lavar roupa, com 400 euros se compra uma que funciona bem, mas uma Bosch com mais recursos tecnológicos custa 800 euros, aproximadamente, o dobro do preço. Isso sem falar das moderníssimas máquinas que lavam a vapor e o preço mais que triplica em relação às de menor tecnologia incorporada.

Essas máquinas não sei se chegaram ainda ao Brasil pro consumidor final, são bárbaras, e usadas nas lavanderias mais modernas no Brasil, mas o preço aí é compatível com a sua modernidade. Quanto mais, mais. E comparativamente todas são muito mais baratas que no Brasil.

Mas no quesito serviços, o primeiro mundo é o Brasil.

Um comentário:

Anônimo disse...

Marli,

Assim como certas pessoas não são totalmente boas ou totalmente más, os países também têm aspectos que nos agradam e outros que desagradam profundamente. O que importa - sempre - é o balanço final que fazemos: se os "prós" fazem-nos suportar os "contra" comn alguma folga, então estarão superados dos desgostos. Particularmente, odeio a "sesta" invernal dos italianos. Trunca nossos compromissos bem no meio da tarde. Sds.