quarta-feira, 5 de março de 2008

Tempo, tempo, tempo me faz lembrar Caetano mas não tem nada a ver com isso o que vou escrever ...

Os dias estavam ficando mais quentes e à noite dava pra tirar pelo menos um acolchoado. Antes de ontem a segurança pública avisou que o tempo iria mudar e durante o dia já começamos a sentir mudanças na temperatura e no vento mais frio que os dias anteriores.

Achando que o inverno estivesse terminando, saí de casa com menos agasalhos que devia, apesar de permanecer com o gorro e a luva dentro da bolsa, itens indispensáveis aqui quando ainda é inverno. Mas na medida que a tarde ia caindo, a temperatura também prenunciava queda.

Consequência: uma coriza começou a aumentar e a garganta a arder e eu corri para uma farmácia homeopática. Em vão. Ontem, eu quebrada pela gripe fui salva pelo meu chá de gengibre com cravo e canela e mel e mais Naldecon que eu trouxe do Brasil.

E viva os remédios brasileiros, porque os que experimentei aqui da medicina tradicional (e mesmo nesse caso a homeopatia não funcionou) não fizeram nenhum sucesso com as minhas bactérias, aliás acho até que fizeram sucesso demais, não funcionaram e elas devem ter batido palminhas pra farmácia italiana.

Mas eu encontrei numa farmacia homeopatica uma termo pomada de arnica com uma "erva do diavolo" que queima , mas que acaba com as dores musculares. Maravilhosa.

Ontem até chuva de granizo teve e a chuva foi tão forte que inundou as garagens e as lavanderias. Sim, no plural, porque aqui nesse prédio onde moro, no subsolo cada um tem uma garagem individual e uma lavanderia individual também, que ao contrário do Brasil fica separada do apartamento. Contrário também à maioria dos prédios que nem lavanderia têm, e a máquina de lavar fica no banheiro. E as roupas são secas nas sacadas. No meu caso apesar de eu ter uma secadora, as peças mais delicadas também seco na sacada. Jeito italiano de ser.

Falando em jeito italiano de ser a minha professora de italiano me falou numa conversa que eu parecia estar orgulhosa de ser italiana ao que eu respondi, sim, tenho tanto orgulho de ser italiana quanto tenho orgulho de ser brasileira, porque se as minhas raízes estão aqui, a minha vida toda e a minha formação foi lá e tem muita coisa do Brasil a ser admirada. E quem ficou admirada com a minha resposta foi ela. Deveria ela pensar que para mim só a Italia é importante, mas ela se esquece que se as raízes dos antepassados estão aqui, as minhas raízes estão no Brasil e que para os meus descendentes o Brasil será tão importante para eles quanto a Italia foi para mim a vida toda.

Hoje a temperatura já abaixou bastante e se vê as montanhas cobertas de neve, o que já não acontecia anteontem.

2 comentários:

Anônimo disse...

Logo, logo, você pensará com seus botões: Oh que saudade que eu tenho daquela cidade da minha vida,
daquele trânsito insano, daquele ar poluído, daquelas quaresmeiras floridas, daqueles sustos no trânsito, daquelas cobranças absurdas dos bancos, mas daquela vida bem mais vivida!!!
Passárgada é aqui porque aqui você é amiga do Deus Criador que temperou bem nosso clima para que os pobres pudessem viver e crescer... Viva nosso melagrião, viva nosso rinossoro, de longe de longe melhor que o spray nasal com água do lago di Garda!
Os sabiás aqui continuam cantando.

Marli disse...

Ai que saudades do "meus" sábiás, e falando de saudades, hoje a Iris coletou o sangue novamente para fazer a contagem de anticorpos antiraiva e quem sabe, daqui a quatro meses ela estará comigo e eu nem posso falar nisso que choro...